Eis aqui as breves linhas
Que vieram explanar
Como foi que sucedeu
Nossa experiência de ensinar
Como tudo transcorreu
Eu vou contar pra você
O local era bonito:
Escola de Congo São Benedito do Erê (não deu na métrica)
Essa por sua vez está
Na cidade Tremembé
Onde tem uma praça linda
Depois eu conto, se quiser.
Ao chegar já encontramos
Fátima e Quintino
O olhar era de mestre
Mas o riso, de menino
Nos deram uma abil
Fruta do vale encantado
Docinha e maravilhosa
Tipo leite condensado
Depois de lambuzados
Começamos o dever
E conhecemos uma figura
Que é preciso ver pra crer
Com 67 de idade
Uma feição que não se abala
Distribui amor a todos
O seu nome é Gonçala
Fala besteira como ninguém
Seu humor é tri-porreta
Se apresentou para nós:
“Gonçala, pior que o capeta”
Algo muito mais além
Que apenas contar piada
O que Gonçala faz é arte
Autêntica palhaçada
Mas também sabe falar sério
E instaurar solenidade
Ao final, dançou pra nós
Como uma cigana de verdade
Havia também crianças
Em nossa oficina
E o teatro competia
Com o prazer de uma piscina (quem será que ganhou?)
Jogos de teatro
Integravam toda gente
Para, ao fim, dançar com máscaras
E arriscar um repente
A oficina assim se deu
Até o fim dela chegar
Outras coisas se passaram
Que não cabe agora contar
Afinal ainda é pouco
Meu talento pra versejar
E com a linha que me sobra
Um viva eu quero dar:
Viva a 1ª Escola de Congo São Benedito do Erê! Viva Fátima! Viva Quintino!
Por Rodrigo Nasser
Fotos: André Sun